O Banco Central (BC) divulgou nesta segunda-feira (7) o nome da primeira moeda digital do país, Drex. O termo representa a Digital Real X, que será emitida pelo Banco Central em conjunto com as moedas físicas já em circulação.
O BC projeta que a população terá acesso à primeira moeda digital do Brasil, o Drex, até o final de 2024.
No entanto, a princípio, a nova moeda digital não estará disponível para empréstimos por parte das instituições financeiras a terceiros. Atualmente, a autoridade monetária está conduzindo testes preliminares relacionados à moeda digital.
Especialistas já afirmam que a inovação deve facilitar e até baratear o dia a dia dos brasileiros.
De acordo com o CEO da C&M Software e especialista em liquidação interbancária, Orli Machado, que colabora com o Banco Central no desenvolvimento do real digital, “o real digital oferece a capacidade de transações off-line, não requerendo conexão com o banco em tempo real.”
Para ele, o Drex deve ser utilizado principalmente para transações com valores mais elevados.
Além disso, segundo o economista André Galhardo, a moeda digital tem o potencial de reduzir os custos das transações financeiras, o que vai gerar uma movimentação nos bancos tradicionais.
“Os bancos viviam de inflação até o Plano Real. A partir disso, tiveram que se reinventar e muitos deles quebraram a partir do próprio nascimento do Real. Não estou dizendo que os bancos, muito mais bem consolidados do que estavam na década de 1990, passarão por dificuldades financeiras, longe disso. Só acho que, de fato, como o DOC e a TED hoje constituem como grande fonte de receita para os bancos, eles terão que se reinventar e criar novos mecanismos”, conclui.