IRPF: Guedes quer cobrar taxa por valorização de imóveis na declaração

Segundo pronunciamento do ministro da Economia, Paulo Guedes, em live do site Jota, o governo deve anunciar uma medida que vai permitir cobrar no Imposto de Renda uma taxa pela valorização dos imóveis declarados.

Segundo Guedes, é melhor atualizar os preços dos imóveis regularmente e pagar “extraordinariamente” cerca de 3% a 4% do valor do que pagar 15% de Imposto de Renda sobre Ganho de Capital apenas quando for feita a venda do bem.

Hoje, o preço do imóvel não é possível de ser atualizado de acordo com o valor de mercado na declaração do IR. Somente na hora da venda do imóvel o contribuinte paga uma taxa entre 15% e 22,5% sobre a diferença entre o preço de quando foi comprado e o valor pelo qual está sendo vendido, o chamado lucro imobiliário.

De acordo com o pronunciamento do ministro, a ideia é permitir uma atualização do valor do imóvel e já cobrar uma taxa de 3% ou 4% sobre o aumento do preço do imóvel, o que representaria mais receita para os cofres públicos nos próximos anos.

“Vem por aí bastante novidade [na área tributária], coisas boas, simples. Simplificações tributárias estão prontas e devem vir fatiadas”, afirmou o ministro, em live do site Jota.

Outras mudanças para o IR

Guedes voltou a dizer que quer reduzir o Imposto de Renda cobrado sobre empresas e aumentar tributos sobre dividendos (a parcela do lucro distribuída aos acionistas de uma companhia).

O ministro defendeu que a reforma tributária tem que ser feita ainda neste ano e lembrou que a proposta do governo é primeiro aprovar a criação do Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) que reuniria os impostos federais.

Outro ponto que voltou a ser defendido pelo chefe da pasta, é a criação de um novo tributo sobre transações, aos moldes da extinta CPMF.

“Queremos reduzir bastante os IPIs (Imposto sobre Produtos Industrializados). O ideal seria acabar com os IPIs e vir com impostos sobre transações, que rico paga, traficante de droga, traficante de armas paga. Mas o imposto sobre transações foi interditado pela Câmara e recuamos” , afirmou.

Apesar do recuo, o ministro disse que ainda estão sendo feitos estudos sobre tributação de transações digitais, mas que é “lenda” falar que se trata da antiga CPMF, que incidia apenas sobre transações bancárias.

Ele voltou a criticar ainda os bancos que se opuseram à criação do tributo. “Banco cobra dez vezes mais do que a alíquota do imposto digital, eles não queriam dividir isso com ninguém. Estudos sobre tributar transação digital estão sendo discutidos lá fora e aqui dentro”, completou.

O ministro reforçou que a reforma que o governo deseja “é minimalista” e “conversa” com as propostas que tramitam no Senado e na Câmara. Ele defendeu ainda o aumento de programas de negociações de dívidas tributárias e disse que isso levará a um acréscimo na arrecadação.

Fonte: Noticias Contábeis

FGTS: Governo pretende reduzir multas e contribuições para as empresas

Empresas que demitirem funcionários podem ter multa do FGTS reduzida de 40% para 20% em proposta que está sendo estudada pelo Governo.

A ideia é que empresários ajudem trabalhadores demitidos a se recolocarem no mercado de trabalho durante o aviso prévio, que pode durar de 30 a 90 dias, de acordo com os anos de serviço na mesma empresa.

O desconto é concedido caso o profissional seja de fato recontratado a partir da ajuda da empresa.

Já a empresa que contratar um trabalhador que esteja no prazo do aviso prévio terá redução na alíquota mensal de contribuição do FGTS, passando de 8% sobre o salário para 2% durante o primeiro ano de contrato.

A ideia do governo é que esse benefício também funcione como uma espécie de garantia de manutenção do emprego, já que, se o trabalhador for demitido antes de completar 12 meses, a empresa precisará reembolsar a diferença de 6% não recolhida.

Seguro-desemprego

Na avaliação do governo, o desenho também incentiva o trabalhador a aceitar uma nova proposta de trabalho ainda dentro do período de aviso prévio, uma vez que ele não ficará sem salário e ainda receberá 50% do valor da primeira parcela do seguro-desemprego a que ele teria direito caso não encontrasse nenhuma vaga.

Hoje, o trabalhador que consegue emprego com carteira assinada deixa de receber o benefício de forma automática, o que acaba incentivando a permanência na informalidade.

Com a mudança, os técnicos querem permitir que o trabalhador receba ainda uma parte do seguro, mesmo que seja recontratado.

Além disso, a área econômica entende que os 50% da primeira parcela podem compensar em parte o desconto concedido à empresa nos recolhimentos do FGTS durante o primeiro ano.

Recolocação mercado de trabalho

Ao conceder vantagens diferentes para quem demite, quem contrata e quem é contratado, o governo espera estimular a rápida recolocação do trabalhador e reduzir sua dependência do seguro-desemprego.

Caso essa estratégia funcione, haveria ainda economia de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), hoje deficitário e que precisa de aportes anuais do Tesouro Nacional para bancar suas políticas.

Além do seguro-desemprego, o FAT é responsável pelo pagamento do abono salarial, uma espécie de 14º salário a trabalhadores com carteira assinada que ganham até dois salários mínimos (R$ 2,2 mil).

No diagnóstico do governo, os trabalhadores usam em média 4,3 parcelas do seguro-desemprego, de um máximo de cinco.

Para os técnicos, o dado pode ser um indicativo de fraudes, pois muitas vezes o beneficiário usa o seguro até o fim enquanto trabalha informalmente. O novo modelo pretende reduzir os incentivos da própria política para que isso aconteça.

A mudança também deve incluir uma adequação nas regras de fiscalização do trabalho. A lei ainda hoje trata de envio de cartas, anotação em carteira de trabalho impressa e notificação por papel.

Agora, será admitida a possibilidade de realizar todas essas ações por meio eletrônico. A atualização é considerada necessária, ainda mais em um contexto de disseminação da carteira de trabalho digital.

Fonte: Noticias Contábeis

Guedes diz que governo quer criar ‘seguro-emprego’ de R$ 500 para evitar demissões

Nesta quinta-feira (11), em participação no primeiro encontro da frente parlamentar da Micro e Pequena Empresa, o ministro da Economia, Paulo Guedes afirmou que o governo federal está elaborando novas medidas para manutenção do emprego no país durante a segunda onda de Covid-19.

De acordo com Guedes, as novas medidas serão oficialmente anunciadas pelo presidente Jair Bolsonaro “um pouco mais para frente”, mas ele adiantou que vão além da renovação do programa de suspensão de contrato ou redução de jornada e que deverá contemplar um seguro-desemprego de R$ 500, com o objetivo de evitar demissões.

“Temos o seguro-desemprego: a pessoa é mandada embora e o governo da R$ 1000. Porque não dar R$ 500 como seguro-emprego?!”, disse.

“Em vez de esperar alguém ser demitido vamos evitar a demissão pagando R$ 500. Ou seja, em vez da cobertura de quatro meses ou cinco meses, vamos fazer uma de 11 ou 12 meses pela metade do custo”, completou.

Arrecadação recorde

O ministro ainda adiantou que o resultado da arrecadação de fevereiro, que deve ser divulgado na próxima semana, será recorde histórico para o mês.

A aposta da equipe econômica é que o aumento da arrecadação no início do ano ajude a amenizar os gastos que o governo deve ter para continuar combatendo os impactos da pandemia, bem como dê fôlego para a atividade econômica crescer este ano. Apenas a nova rodada do auxílio emergencial custará R$ 44 bilhões aos cofres públicos.

“Ano passado, a arrecadação estava 25% acima do previsto em fevereiro, o que indicava crescimento potencial acima de 2%, 2,5%. Este ano temos uma taxa praticamente garantida de 3%, 3,5%”, destacou o ministro, que acredita que o valor pode ser ainda maior a depender da capacidade do Executivo e Legislativo, juntos, formularem soluções fiscais este ano.

Vacinação em massa

Guedes também falou sobre a imunização dos brasileiros e afirmou que, agora, a palavra de ordem é “vacinação em massa”. “Sem a saúde, não tem o trabalhador, não tem a pequena e média empresa, não tem a economia”, observou.

O ministro também destacou que, embora ainda não assinado, o presidente Bolsonaro acertou a compra de mais 100 milhões de doses da vacina da Pfizer para este ano, além das 400 milhões já contratadas.

“É que, corretamente, o presidente não quer se comprometer publicamente antes de tudo assinado. Mas a verdade é que o presidente da Pfizer já anunciou que vai nos fornecer mais 100 milhões de vacinas”, afirmou.

Fonte: Notícias Contábeis

IR 2021: Bancos oferecem antecipação integral da restituição

Neste ano, os bancos estão oferecendo a possibilidade de antecipar até 100% da restituição do Imposto de Renda dos clientes. Essas contratações podem ser feitas diretamente nos canais digitais das instituições, o que facilita a vida de quem prefere se proteger contra a covid-19 em casa.

Apesar da facilidade, essa antecipação precisa ser vista como um empréstimo bancário, uma vez que ele pode estar sujeito a juros.

O pagamento na maioria dos bancos é feito de forma automática: o cliente recebe a antecipação e paga uma taxa mensal até o recebimento da restituição pela Receita Federal. Assim que o dinheiro é creditado na conta, o banco liquida a fatura aberta.

Bancos

No Banco do Brasil, por exemplo, a antecipação da restituição é feita em um limite de R$ 20 mil e são cobrados juros de 1,43% ao mês – taxa que pode variar a depender do canal de contratação escolhido e do perfil do cliente.

No Santander, as taxas chegam a 1,69% ao mês e variam conforme o perfil do cliente. Basta apresentar a declaração do IRPF 2021 e o dinheiro pode ficar disponível no mesmo dia.

O Itaú Unibanco oferece taxas de 1,73% ao mês e os limites podem chegar a R$ 5 mil para cientes do varejo e Uniclass, ou R$ 10 mil para quem for Personnalité.

Antecipar restituição

Para o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (ABEFIN), Reinaldo Domingos, é precisa cautela ao fechar contrato de antecipação da restituição. Em momentos de normalidade, avalia ele, o ideal é não embarcar em dívidas deste tipo, mas como o trabalhador passa por uma situação de anormalidade, a opção pode servir como um complemento de renda.

“Vivemos tempos de guerra contra o covid-19 e seus impactos financeiros, assim, esse dinheiro se mostra uma ótima alternativa para quem está com redução ou sem renda”, disse Domingos por nota.

Outro ponto que o contribuinte deve levar em conta é garantir que a declaração está correta e sem informações desencontradas, já que ele pode cair na malha fina e ter de arcar com todo o empréstimo do banco.

“Cair na malha fina é mais fácil do que parece, principalmente com a ampliação de cruzamentos de informações feita pela Receita Federal. Às vezes, a pessoa faz tudo corretamente, como manda o manual, e, assim mesmo, vai parar na malha fina. Isso acontece, por exemplo, quando a fonte pagadora fornece à Receita uma informação diferente da qual liberou para o colaborador”, indicou Domingos.

Fonte: Isto é Dinheiro

PIX: Entenda como vai funcionar o saque de dinheiro no comércio

O PIX, para saque de dinheiro no comércio, será lançado no país para os usuários da modalidade a partir de junho. A informação da funcionalidade de pagamentos instantâneos foi divulgada pelo Banco Central.

O saque em lojas físicas foi anunciado pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, em junho de 2020. O usuário deve ter saldo em conta para transferir para ao lojista por meio do Pix, e receberá a quantia em espécie.

O Banco Central explica que essa medida tem o objetivo de beneficiar os clientes dos bancos tradicionais e dos bancos digitais que não dependem exclusivamente dos estabelecimentos, como agências ou caixas eletrônicos para a realização dos saques.

Técnicos do BC afirmam que a nova modalidade vai trazer mais segurança para os lojistas. A intenção é que, com essa função, os empreendedores gastem menos tempo se dirigindo às agências e consequentemente dependam menos de serviços de transporte de dinheiro.

Pix

O Pix se trata de uma ferramenta para pagamentos instantâneos, uma nova opção do grupo TED, DOC e cartões para que pessoas e empresas realizem transferências ou recebam pagamentos na conta.

Para acionar o Pix é necessário que o usuário crie uma chave, usando os dados pessoais correspondidos no banco ou instituição financeira onde tem conta. Essa chave pode ser o número do seu CPF, telefone, e-mail ou até algum código aleatório.

Ao realizar a transação, identifique a opção PIX no aplicativo, ao lado do TEC ou DOC. Em seguida, é só escolher o Pix, e digitar a chave correspondente à conta do destinatário do pagamento.

Novidades nos pagamentos

O BC também anunciou mais duas novidades, que serão disponibilizadas aos usuários nos próximos meses. A primeira é o pagamento por aproximação, que deve ser feito com um celular. Para isso, basta aproximar o celular na maquininha de cartão, que o valor é debitado por meio do Pix.

A segunda novidade é a iniciação do pagamento, que criará uma instituição financeira com capital mínima de R$ 1 milhão, para que as transferências sejam executas por participação no fluxo financeiro.

Fonte: Noticias Contábeis

BEm: Receita Federal esclarece como declarar o Benefício Emergencial no Imposto de Renda 2021

Os valores recebidos a título de Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm) são considerados rendimentos tributáveis e devem ser declarados como tal na ficha Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica, informando como fonte pagadora o CNPJ nº 00.394.460/0572-59.

BEM Rendimentos Tributáveis

Já a ajuda compensatória mensal paga pelo empregador é isenta e deve ser informada na ficha Rendimentos Isentos e Não Tributáveis, no item 26 – Outros com o CNPJ da fonte pagadora (empregadora). Recomenda-se que seja informado na descrição o texto “Ajuda Compensatória” para identificar a natureza dos valores.

Ajuda Compensatória BEM

Para saber quais valores foram pagos como benefício emergencial ou ajuda compensatória, o contribuinte deve acessar o aplicativo Carteira de Trabalho Digital, disponível nas principais lojas virtuais para celulares e tablets, ou consultar a sua fonte pagadora (empregador).

Saiba mais sobre a Carteira de Trabalho Digital em: https://www.gov.br/pt-br/temas/carteira-de-trabalho-digital

Sobre o BEm

O Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm) é um benefício criado pelo Governo Federal no âmbito do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, regulamentado pela Medida Provisória 936/2020, posteriormente convertida na Lei 14.020/2020, para enfrentamento do estado de calamidade pública e da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus.

O programa tem como objetivo preservar o emprego e a renda, garantir a continuidade das atividades laborais e empresariais e reduzir o impacto social decorrente das consequências do estado de calamidade pública e da emergência de saúde pública.

O benefício propriamente dito é pago nos casos em que há acordos entre trabalhadores e empregadores em situações de redução proporcional de jornada de trabalho e de salário e suspensão temporária do contrato de trabalho.

Acesse https://servicos.mte.gov.br/bem/ para saber mais sobre o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.

Fonte: Receita Federal

BPC: Bloqueios nos pagamentos do benefício estão suspensos até 31 de março

Nesta quinta-feira (4), o Ministério da Cidadania publicou uma portaria no Diário Oficial da União que suspende a retomada do cronograma de bloqueio de pagamentos e de suspensão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) por falta de inscrição no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal.

De acordo com a publicação, o prazo fica suspenso até 31 de março. A decisão tem por base a situação emergencial pela qual passa o país em decorrência da pandemia.

O Cadastro Único é a ferramenta que o governo usa para identificar quem são e como vivem as famílias de baixa renda no Brasil, de forma a torná-las aptas para participar de programas sociais como Bolsa Família, Tarifa Social de Energia Elétrica e Programa Minha Casa Minha Vida, além de possibilitar isenção de taxas como as cobradas em concursos públicos.

Para se enquadrar nesse grupo, a renda média familiar tem de ser de até metade de um salário mínimo por mês, o que corresponde a R$ 522,50. Para chegar a essa média, basta somar o salário de todas as pessoas da família e dividir pelo número de pessoas que a integram.

Além disso, famílias cuja soma total dos salários seja de até R$ 3.135 (valor que corresponde a três salários mínimos)  e pessoas que estejam em situação de rua também se enquadram neste grupo.

Fonte: Notícias Contábeis

IRPF 2021: veja quais despesas podem ser deduzidas

Um dos temas que mais causam dúvidas sobre a declaração do Imposto de Renda são as deduções. Afinal, esse é um ponto que pode diminuir o valor de imposto a pagar ou aumentar a restituição a receber. Mas atenção: um erro no preenchimento nas despesas dedutíveis pode levar o contribuinte à temida malha fina.

Confira algumas despesas que podem ser deduzidas da base de cálculo do IR 2021:

Despesas com saúde

As despesas do contribuinte e de seus dependentes com saúde podem ser deduzidas integralmente do cálculo do imposto de renda. Isso inclui gastos com plano de saúde, exames, dentista, psicólogo, fisioterapeuta, fonoaudiólogo e hospital, entre outros. Para cada despesa é preciso informar nome, CPF do profissional ou CNPJ da clínica. Essas despesas e seus respectivos valores devem ser informadas na aba Pagamentos Efetuados.

Se você tem plano de saúde e recebeu reembolso por algum procedimento ou consulta, é preciso informar essa operação também. O contribuinte deve lançar a despesa médica e incluir o valor do reembolso no campo “parcela não dedutível/valor reembolsado“.

É possível somar todas as despesas pagas a um mesmo profissional ou a uma mesma clínica. Por exemplo: dez consultas realizadas com um mesmo profissional com um valor pago total de R$ 10 mil podem ser lançadas em uma mesma linha.

Atenção: despesas médicas elevadas são o principal fator que leva os contribuintes à malha fina. Por isso, é importante ter comprovantes de todas essas despesas. Após a entrega da declaração, os documentos devem ser guardados por mais cinco anos.

Educação

Despesas com instrução, diferentemente dos gastos com saúde, têm um limite para a dedução. Para a declaração referente a 2020, o limite individual é de R$ 3.561,50. Vale lembrar que os gastos com instrução estão restritos a educação infantil (creche e pré-escola), ensino fundamental, ensino médio, educação superior (graduação e pós-graduação, inclusive MBA, mestrado e doutorado) e educação profissional (ensino técnico e o tecnológico). Mesmo que haja o limite de dedução, no entanto, o contribuinte deverá informar o valor total pago com educação. O programa automaticamente faz o cálculo do limite.

Valor por dependente

Quem tem dependentes declarados no Imposto de Renda tem direito à dedução de R$ 2.275,08 por dependente.

Pensão alimentícia

Valores pagos a título de pensão alimentícia podem ser deduzidos integralmente do cálculo do imposto de renda. Isso só vale, no entanto, se o pagamento da pensão for feito em cumprimento a decisão judicial ou acordo homologado judicialmente ou por escritura pública. Quem recebe a pensão, no entanto, está sujeito à tributação.

Se houver o pagamento de valor superior ao acordado, apenas a parcela determinada no acordo será dedutível. Se a decisão judicial diz que o pagamento da pensão deve ser de R$ 2 mil, mas o pai ou a mãe decide, por vontade própria, pagar R$ 3 mil, apenas os R$ 2 mil serão dedutíveis e incluídos no imposto de renda a título de pensão alimentícia. O restante, nesse caso, deve ser declarado como doação.

Previdência oficial

As contribuições à Previdência Social oficial de União, Estados e Municípios podem ser abatidas integralmente do cálculo do imposto de renda. Isso vale tanto para quem paga o INSS como para autônomos ou para quem tem a contribuição descontada do salário. Para quem possui carteira assinada e recebe da empresa o informe de rendimentos, esse valor vem discriminado no informe de rendimentos, na linha “Contribuição Previdenciária Oficial”.

Previdência privada

Quem tem Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) ou Fundo de Aposentadoria Programada Individual (Fapi) pode abater o valor das contribuições feitas no ano de 2020, limitado a 12% dos rendimentos tributáveis no ano. Os valores de aporte ao PGBL só são dedutíveis se a pessoa contribuir para previdência oficial. Na modalidade Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), não há essa possibilidade.

O cálculo do valor que pode ser deduzido é feito pelo programa gerador do Imposto de Renda — ou seja, você não precisa calcular se o valor investido passou de 12% do seu rendimento. O contribuinte só precisa informar o valor total pago ao longo do ano. Esses valores devem ser declarados como “Pagamentos Efetuados”.

Doações

Doações feitas ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ou ao Estatuto do Idoso podem ser deduzidas, a um total de 6% do imposto de renda devido.

Pagamento de INSS a empregados domésticos

A dedução de gastos dos patrões com a previdência de empregados domésticos não é mais permitida.

Fonte: Época Negócios

Senado cria incentivo fiscal para empresas que vacinarem empregados

O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) apresentou o projeto (PL 507/2021) que cria uma política de incentivo fiscal às empresas que vacinarem seus funcionários.

A adesão se daria por meio do Programa de Vacinação dos Trabalhadores (PVT), instituído pela matéria, em que as empresas que participarem poderão deduzir do lucro tributável, para fins do imposto de renda, 30% das despesas comprovadamente realizadas no período base para o programa de vacinação.

A dedução no âmbito do PVT não poderá exceder em cada exercício financeiro, isoladamente, a 5% e, cumulativamente com a dedução de despesas de formação profissional (Lei 6.297, de 1975), a 10% do lucro tributável.

As despesas não deduzidas no exercício financeiro correspondente poderão ser transferidas para dedução nos dois exercícios financeiros seguintes.

O PL 507/2021 também estabelece que as empresas que aderirem ao PVT poderão vacinar empregados que estejam com contrato suspenso para participação em programas de qualificação profissional, limitada essa extensão ao período de cinco meses.

A vacinação também poderá ser fornecida a trabalhadores demitidos, em período de transição para um novo emprego, limitada essa extensão ao período de seis meses.

Doação ao SUS

O texto também determina que as empresas que aderirem ao PVT poderão ser obrigadas a doar até 50% das doses que adquirirem para o Sistema Único de Saúde (SUS), segundo posterior regulamentação.

“Precisamos incluir a iniciativa privada na luta pela imunização. O objetivo do PVT é permitir que o empresário compre doses de vacinas com o intuito de imunizar seus funcionários, criando o ambiente seguro para o retorno normal das atividades. Este projeto interessa aos empresários que terão seus negócios retomados com a força necessária, e interessa ao governo, que economizará recursos preciosos para auxiliar a vacinação em massa de toda a sociedade”, defende Nelsinho.

Ele destaca que a medida é justa e urgente, “principalmente considerando a crise decorrente da pandemia de covid-19”.

Fonte: Agência Senado

Tributação sobre diesel e gás de cozinha é zerada e medida começa a valer imediatamente

Nesta segunda-feira (1º), o presidente Jair Bolsonaro editou um decreto e uma medida provisória para zerar as alíquotas da contribuição do PIS/COFINS sobre a comercialização e importação do diesel e do gás de cozinha. A mudança começa a valer imediatamente.

Para o diesel, a tributação reduzida a zero valerá para os meses de março e abril deste ano. Já em relação ao gás, a medida é permanente, ou seja, não tem data para ser encerrada. A redução do gás vale somente para GLP que é para uso doméstico.

Segundo o presidente, o decreto e a medida provisória visam amenizar os efeitos da volatilidade de preços e oscilações da taxa de câmbio e das cotações do petróleo no mercado internacional.

Para o atendimento à Lei de Responsabilidade Fiscal, como forma de compensação da referida desoneração, também foi editada uma medida provisória majorando a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das instituições financeiras, alterando as regras de IPI para a compra de veículos por pessoas com deficiência e encerrando o Regime Especial da Indústria Química (REIQ).

Para que o final do REIQ não impacte as medidas de combate à Covid-19, foi previsto um crédito presumido para as empresas fabricantes de produtos destinados ao uso em hospitais, clínicas, consultórios médicos e campanhas de vacinação que utilizem na fabricação desses produtos insumos derivados da indústria petroquímica, o que deve neutralizar o efeito do fim do regime para essas indústrias, que vigorará até o final de 2025.

Impactos da medida

A medida adotada pelo governo federal para diminuir PIS/ COFINS do diesel e do gás residencial, vai causar uma redução de carga tributária de R$ 3,67 bilhões em 2021 no setor. Para 2022 e 2023, a diminuição da tributação no gás implicará em uma diminuição de arrecadação de R$ 922,06 milhões e R$ 945,11 milhões, respectivamente.

Considerando que as medidas estão sendo devidamente compensadas, esse benefício não implicará em diminuição da arrecadação total da União.

Como as reduções das alíquotas do diesel e do gás serão feitas por decreto, não necessitam de aprovação do Congresso e, por isso, já entraram em vigor. Já as medidas compensatórias, editadas por MP, terão que ser confirmadas pelo Legislativo.

As novas regras do IPI na aquisição de veículos por pessoas com deficiência entrarão em vigor imediatamente. Já o final do REIQ e o aumento da CSLL das instituições financeiras somente entrarão em vigor em 1º de julho de 2021.

O presidente já havia anunciado, no dia 18 de fevereiro, que a partir de 1º de março não haveria qualquer imposto federal incidindo sobre o preço do óleo diesel. Bolsonaro considerou o reajuste anunciado hoje pela Petrobras como “fora da curva” e “excessivo”.

Fonte: Notícias Contábeis